Um dos maiores autores de relações públicas do Brasil divulga mensagem especial em apoio ao dia 22

21/11/2008 23:18

POR UMA RELAÇÕES PÚBLICAS SEM FRONTEIRA E DE RESULTADO

Roberto Fonseca Vieira - Mestre em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – ECA/USP. Professor Universidade Estácio de Sá. Pesquisador junto ao Núcleo de Relações Públicas e Comunicação Organizacional, da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – INTERCOM. Autor de “RELAÇÕES PÚBLICAS: opção pelo cidadão”. Editora Mauad, 2002. “COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL: Gestão de Relações Públicas”. Editora Mauad, 2204. Autor Organizador de “JORNALISMO E RELAÇÕES PÚBLICAS: Ação e Reação”. Editora Mauad, 2004.

Nesse novo século tudo mudou, não porque o tempo transcorreu, mas porque neste transcurso o mundo mudou, a economia mudou, as forças sociais e políticas mudaram e a própria cultura mudou. Portanto, tempo de mudança nas ciências, nas artes, na política, nos modos de compreender os processos de vida social e de trabalho, a substituição de fronteiras por pontes que concretizaram o pensamento global, ou seja, transformação quantitativa e qualitativa, instalando-se além de toda e qualquer fronteira, articulando capital, tecnologia, força do trabalho, divisão do trabalho social e outras formas produtivas. Cabendo observar que mudar não quer dizer melhorar. Quer dizer apenas que os condicionamentos para ação são outros e que os objetivos visados (bons ou maus), também são outros.

O fenômeno da globalização vem exercendo extrema influência nas organizações, tanto em sua ordenação estratégica como no redirecionamento do seu comportamento social que envolve suas relações múltiplas e recíprocas com a sociedade. Sociedade, hoje, fundamentada na disseminação rápida e ampla da informação, nos remetendo a necessidade de novas formas de comunicação, sobretudo a organizacional, considerada a mais significativa na inter-relação com todos os segmentos sociedade.

Oportuno dizer, que as mudanças não atingem somente o campo dos recursos tecnológicos: as pessoas que interagem em qualquer processo produtivo necessitam, igualmente, mudar comportamentos para que possam se adaptar a essa nova realidade. É nesse contexto que devemos redimensionar as Relações Públicas, favorecendo o processo de mudança, pois será por meio dela que conseguiremos conciliar o impacto causado pela nova ordem social, política, econômica, sobretudo com as mudanças de cultura e do comportamento empresarial. Portanto, cabe aos gestores de relações públicas, o desafio de colocá-la como fundamental nos processos de transmissão e assimilação dos novos conceitos e na socialização do conhecimento, o que deve ser compartilhado com todos profissionais e organizações.

Nessa perspectiva, é bom lembrar, que uma leitura ampla da visão acadêmica e profissional, para formação e compreensão das representações profissionais e institucionais, que atuam e atuarão nesse espaço de competência deve ser a ordem maior na valorização da área de Relações Públicas, sendo esse o nosso maior desafio.

Portanto, incorporar as Relações Públicas no processo de sua valorização no contexto atual é dar a ela o caráter de cidadania, ou seja, é legitimá-la enquanto poder do homem para marcar, manter e ampliar seu espaço na sociedade, aproximando-nos do pleno direito do exercício de cidadania, no mundo da ciência, de forma independente, autônoma, repensando outras direções, sobretudo em seu caráter político enquanto explicação sistemática do mundo, e cuja força de penetração é a escolha pelo homem-cidadão.

Nessa perspectiva, a atividade estará vinculada a aos objetivos políticos de qualquer organização, voltando-se para a convivência produtiva, pois ações contributivas do homem serão resultados da informação didática, distribuída racionalmente a fim de intercambiar melhores interesses comuns e específicos, possibilitando ao homem uma ralação mais próxima do conhecimento e sua aplicação social.

Essa nova relação implicará, também, novas formas de gestão seu estado de competência e aperfeiçoamento indicando um aprimoramento contínuo e constante de sua própria cultura em todas as dimensões, sobretudo como valor filosófico em aberto e não como tecnicismo restrito.

“Em razão da campanha, e portanto neste momento de valorização, nada mais importante que eliminarmos o corporativismo idolatrado em nossa área, o que significa abri-la a todas as fronteiras, ou seja, por uma Relações Públicas sem fronteira e de resultados”.

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